terça-feira, 28 de junho de 2011

Guamá, o luxo de viver à beira do rio.

O Guamá como eu vejo

Posso dizer que eu não conheço todos os bairros da nossa capital, mas eu conheço alguns. E um deles é esse, o Guamá. Banhado pelo doce rio de águas barrentas, o bairro do Guamá é um belo lugar para um passeio a pé, ao luar (de preferência), ouvindo música alta no celular, andando num dos simpáticos becos da região. Acenar para os admiráveis moradores da região usando seu relógio Rolex novinho é um costume que todos os belenenses não dispensam. E quando não temos o tal relógio, basta usarmos um cordão de aço, ouro ou prata, que surte o mesmo efeito.
Típicos guamenses
Caso você seja de fora, uma ótima dica para reconhecer um guamense é observar o jeito que se locomovem. Um típico guamense anda sempre aos pares na bicicleta: um dirige enquanto o outro guia. Eles apreciam esse trabalho em equipe que tanto os ajuda em situações perigosas.

Se o guamense não estiver numa bicicleta, ele poderá estar em um ônibus, você o reconhecerá quando perceber que está tocando um tecnomelody em volume máximo. E você pode reconhecer um guamense a pé observando expressões linguísticas como “coe, manu tá me tirano?”, “égua, mano, diroxa podicre” e “eu sou estudanti eu”, entre muitas outras.
Típico meio de transporte belenense
Entretanto, a vida no Guamá não é essa maravilha toda que eu estou falando. O maior problema de lá é que as pessoas vivem apreensivas e trancadas dentro de casa por culpa do medo. Isso mesmo, medo. Os moradores hoje em dia ficam apavorados com a situação atual do bairro, pois abrigam o cemitério Santa Isabel e morrem de medo que os fantasmas, de alguma forma, saiam e assombrem o local. Apesar disso, é uma vizinhança muito tranquila e boa de viver, com pessoas simples e generosas, que sempre vêm conversar com você quando andar sozinho na rua, altas horas da noite.
Simpática rua guamense
As construções mais famosas do Guamá são aquelas encontradas ao longo da Avenida Bernardo Sayão. São belas construções em madeira postas sobre pequenos lagos e córregos artificiais, sustentadas por colunas de madeira trabalhada (possivelmente vinda de serrarias pouco conhecidas da Amazônia). O que mais chama a atenção nessas maravilhosas casas é a vista para o rio e o efeito que a água da chuva dá depois de acumulada nos pequenos córregos.
Algumas das típicas residências do bairro, infelizmente, estas não se encontram na Bernardo Sayão. :(
O bairro do Guamá é tão culturalmente importante que é uma das principais rotas de acesso à maior universidade do norte do país, a UFPA (assunto para um outro post).
E não se esqueça: Se você deseja visitar este belo local, ande sempre com seu celular, um carro sem alarme, tênis da nike, roupas de marca, usando relógios e jóias bem valiosos. Se seguir estas instruções, verá a invejável hospitalidade deste povo tão doce!

Aqui eu me despeço e deixo um grande abraço pra todas as pessoas lindas desse querido bairro da nossa capital. <3

Próxima semana: Terra Firme, a emoção de acordar todo dia.

(Lembrando que tudo citado acima foi para fins de entretenimento, por favor, não me matem, eu sou trabalhador eu)

2 comentários:

  1. Eu não preciso comentar pra tu saberes que gostei e que ri loucamente'. Muito legal.

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  2. Égua maninho tu é doido é? Dirroxa! Teu Blog tá muito firme, pode crê!!!
    Boa Mitri, você não resistiu e acabou entrando pro nosso time de blogueiros, e já começou entrando de cabeça (atoron)
    Adorei teu post minha vida! Continue me fazendo rir! Bjos

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